Chove. Uma rapariga desce a rua. Os seus pés descalços são formosos. São formosos e leves: o corpo alto parte dali, e nunca se desprende. A chuva em Abril tem o sabor do sol: cada gota recente canta na folhagem, O dia é um jogo inocente de luzes, de crianças ou beijos, de fragatas. Uma gaivota passa nos meus olhos. E a rapariga - os seus formosos pés - canta, corre, voa, é brisa, ao ver o mar tão próximo e tão branco. poema de Eugénio de Andrade ilustração de Janice Fried
Passa uma borboleta por diante de mim e pela primeira vez no Universo eu reparo que as borboletas não têm cor nem movimento, assim como as flores não têm perfume nem cor. A cor é que tem cor nas asas da borboleta, no movimento da borboleta o movimento é que se move, o perfume é que tem perfume no perfume da flor. A borboleta é apenas borboleta e a flor é apenas flor. Alberto Caeiro
Comentários
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Felizmente chego a tempo de me juntar a você, nesta importante data.
Já se vai um ano que as borboletas alçaram seu vôo pela blogosfera, e encantaram com seu bailar a todos os que por aqui passaram.
Sou um pouco testemunha disso, deste espaço que tanto admiro.
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Meus sinceros parabéns, e que venham muitos anos mais.
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Abraço do
Carlos
Parabéns!!!
Reforço as palavras do Carlos
"Já se vai um ano que as borboletas alçaram seu vôo pela blogosfera, e encantaram com seu bailar a todos os que por aqui passaram..."
Abraço,
Marilac
Estou atrasada para o bolo, mas em tempo de felicitá-la pelo aniversário do blog, sempre lindo, sempre iluminado!
Beijos,
Carol
Ana Isabel